Empresas na
Nova Economia

Enquanto as três primeiras revoluções econômicas – a Agrária, a Industrial e a Digital – foram resultantes de inovações radicais no modo de uso dos recursos, a quarta revolução é motivada pela sua escassez. Ocorrem limitações de custo, quantidade, disponibilidade ou qualidade dos recursos necessários (materiais, serviços ambientais, energia, talentos humanos etc.). O sucesso das empresas será decorrente de sua capacidade de adaptar seus produtos, processos e sistemas de gestão a este cenário de escassez.

Outro fator que diferencia a 4ª revolução econômica das três primeiras é a interdependência. Até recentemente, o êxito nos negócios estava mais ligado aos aspectos intrínsecos da empresa (qualidade do produto ou serviço, inovação, eficiência, governança etc).

Era possível prosperar mesmo mantendo um elevado nível de independência dos outros atores da economia e desconsiderando na estratégia de negócios as questões ambientais e as demandas sociais emergentes. No novo contexto, é improvável que uma organização tenha êxito em seu segmento se não estiver atenta aos anseios de todas as partes interessadas na sua operação (stakeholders) e se não souber identificar no ambiente os fatores que serão determinantes de sua longevidade.

Apesar destas diferenças cruciais, assim como ocorreu nas outras revoluções, as organizações que não se adaptarem rapidamente ao novo contexto e não adquirem as competências necessárias para nele operar, estarão em alto risco de perda de competitividade.

Na Nova Economia o valor da empresa transborda o dos bens ou serviços que oferece e ela passa a ter papel relevante no atendimento das demandas da sociedade. Em troca, os stakeholders que têm atendidas as suas demandas, passam a encarar a empresa como elemento necessário ao seu bem estar e por isso vão contribuir para sua prosperidade.

Gera-se um ciclo virtuoso no qual quanto maior for o êxito da empresa, melhor serão atendidas as demandas do stakeholders que, por isso, buscarão contribuir para aumentar ainda mais o sucesso da organização.

Esta contribuição vai desde a lealdade na aquisição do bem ou serviço oferecido pela empresa até a participação colaborativa e espontânea na solução de problemas, criação de novos produtos e melhorias no sistema de gestão, tornando a empresa mais eficiente, inovadora e lucrativa.

Em suma, na Nova Economia as empresas criam riqueza econômica por meio de operações que causam mínimo (ou nenhum) impacto ambiental e que geram inclusão e desenvolvimento social. É uma economia eficiente, verde e inclusiva.